quarta-feira, 11 de março de 2009

Tecnologias para a gestão democrática

Photobucket



GESTÃO DE TECNOLOGIAS NA ESCOLA: POSSIBILIDADES DE UMA PRÁTICA DEMOCRÁTICA
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida



O sentido das palavras

Compreender o que é a gestão de tecnologias na escola implica começar a pensar no conceito primeiro de tecnologia e de gestão.

Tecnologia é um conceito com múltiplos significados, que variam conforme o contexto (Reis, 1995), podendo ser vista como: artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos etc. Japiassu e Marcondes (1993, p. 232) acentuam o sentido da palavra técnica na ciência moderna como a “aplicação prática do conhecimento científico teórico a um campo específico da atividade humana”.

Em 1985, Kline (Reis, 1995, p. 48) propôs uma definição de tecnologia como o estudo do emprego de ferramentas, aparelhos, máquinas, dispositivos, materiais, objetivando uma ação deliberada e a análise de seus efeitos. Envolve o uso de uma ou mais técnicas para atingir determinado resultado, o que inclui as crenças e os valores subjacentes às ações, estando relacionada com o desenvolvimento da humanidade, sua emancipação, ou controle e dominação.

Ciência e tecnologia formam um complexo e, ao optar por determinada maneira de utilizá-las, o ser humano revela sua forma de ver e interpretar o mundo e se posicionar diante dele como sujeito histórico de seu tempo e lugar. A mesma tecnologia ou o mesmo conhecimento elucidativo, que enriquecem o saber humano, favorecem novas conquistas e geram a evolução, a libertação e a transformação da sociedade, também podem provocar a subjugação da humanidade e ameaçar o ecossistema.

Assim como tecnologia, o conceito etimológico de gestão traz diversos sentidos decorrentes da ação de gestar, trazer, ou do efeito de gerir, administrar, dirigir, proteger, abrigar ou, ainda, produzir, criar, ter consigo, nutrir, manter, mostrar, fazer aparecer, digerir, pôr em ordem, classificar... (Dicionário Houaiss, 2001).

Atualmente, a noção de gestão no âmbito das organizações engloba os processos sociais que nelas se desenvolvem e as complexas relações que se estabelecem em seu interior e exterior. Gestão organizacional passou a ser um conceito abrangente e dinâmico, que extrapola a concepção de organização administrada como máquina e se aproxima dos paradigmas associados à sociedade da informação e às mudanças de suas práticas com o intenso uso das tecnologias de informação e comunicação, o que gera uma outra dimensão da gestão, que trata da gestão de informações e conhecimentos (Vieira, Almeida e Alonso, 2003).


A rede de informações e conhecimentos tecida na organização constitui um organismo vivo, cujo sistema tem uma capilaridade que se realimenta do próprio contexto, das competências individuais, projetos, recursos e conhecimentos produzidos internamente, bem como do que é gerado no ambiente externo. Essa rede representa mais do que um recurso tecnológico, tendo a função de organizar e viabilizar as ligações (conexões) entre as informações (nós), processá-las, mantê-las em memórias dinâmicas, realizar a busca seletiva e sua atualização instantânea.

À semelhança dos organismos vivos, as organizações educacionais englobam distintas dimensões do sistema educativo, destacando-se as dimensões cognitivas, sociais, políticas, pedagógicas, técnico-administrativas e as redes de conexões que articulam os distintos elementos que interferem em sua vida e funcionamento.

A visão de gestão no contexto escolar representa a orientação e a liderança da rede de relações complexas que se estabelecem em seus espaços, caracterizada pela diversidade, pluralidade de interesses e movimentos dinâmicos de interação e mudanças que emergem no conflito de interesses e dinamizam a dialética das relações.

Nessa perspectiva, a concepção de gestão educacional assume um significado abrangente, democrático e transformador, que supera e relativiza o conceito de administração escolar, embora não o despreze, porque ele constitui uma das dimensões da gestão escolar voltada à compreensão da escola como espaço de conflitos de relações interpessoais; de negociação entre interesses coletivos e projetos pessoais para a construção do projeto político-pedagógico da escola; de democratização dos processos e produtos; de emergência e alternância de lideranças; de socialização de tecnologias e sua utilização na produção de saberes, no acompanhamento de suas atividades; na identificação e articulação entre competências, habilidades e talentos das pessoas que atuam na escola, com vistas à resolução de suas problemáticas.

A gestão de tecnologias na escola implica compreender e articular duas concepções essenciais a esse processo: gestão e tecnologias, cuja conexão se viabiliza nas práticas escolares com o uso de tecnologias.

Tecnologias e gestão na escola

A trajetória percorrida na introdução de tecnologias na escola pode caracterizar-se pela sujeição de professores, alunos, coordenadores e gestores a meros consumidores de informações, apresentando-se como uma barreira à criação de ambientes de aprendizagem mais abertos, permeáveis, flexíveis e participativos. A par disso, se observam práticas de uso de tecnologias em escolas que revelam novos papéis dos agentes educativos como organizadores de informações e criadores de significados, que apóiam suas atividades no estudo de fontes externas e na realização de atividades colaborativas para a produção de conhecimentos relacionados com a resolução de problemas concretos do contexto. Nesta última situação, as tecnologias são selecionadas e agregadas ao trabalho conforme as necessidades da atividade em realização e suas características intrínsecas.

Em qualquer um dos casos, a atuação do gestor como liderança da escola é essencial! O gestor líder é aquele que apóia a emergência de movimentos de mudança na escola e percebe nas tecnologias oportunidades para que a escola possa se desenvolver. Ele busca criar condições para a utilização de tecnologias nas práticas escolares, de forma a redimensionar seus espaços, tempos e modos de aprender, ensinar, dialogar e lidar com o conhecimento. Ele procura identificar as potencialidades dos recursos disponíveis para proporcionar a abertura da escola à comunidade, integrá-la aos distintos espaços de produção do saber, fazer da escola um local de produção e socialização de conhecimentos para a melhoria da vida de sua comunidade, para a resolução de suas problemáticas, para a transformação de seu contexto e das pessoas que nele atuam.

Compreender as potencialidades inerentes à cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação. Para que seja possível usufruir as contribuições das tecnologias na escola, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar, ordenar, o que se aproxima das características da concepção de gestão. Tratar de tecnologias na escola engloba processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção.

A criação de redes proporciona a superação de concepções dicotômicas e entrelaça conceitos que se tornaram disjuntos pela ciência moderna. Deste modo, a escola e seus atores e autores, sujeitos do ato educativo, têm a oportunidade de encontrar nas tecnologias o suporte adequado ao desenvolvimento e integração entre as atividades técnico-administrativas, políticas, sociais e pedagógicas por meio de nós e ligações que compõem a tessitura da rede.

Gestão de tecnologias na escola

Atualmente, muitos autores colocam o foco de seus estudos na gestão escolar. Lück (2001) acentua a importância da tomada de consciência dos gestores para a sua atuação nas mudanças, uma vez que a realidade pode ser mudada a qualquer momento, quando as pessoas se compreendem como produtoras de sua realidade por meio de seu trabalho – práxis. Ela reafirma “a importância de se dirigir a instituição não impositivamente, mas, sim, a partir dela mesma, em sua relação integrada com a comunidade a que deve servir. Isso porque o homem, para conhecer as coisas em si, deve primeiro transformá-las em coisas para si (Kosik, 1976, p. 18)”. Lück traz importantes contribuições para se compreender a gestão escolar transformadora e democrática. Embora ele não leve em conta as contribuições das tecnologias para sua concretização, não direcionando seu olhar para a gestão de tecnologias, os aspectos que enfatiza ajudam a entender a apropriação e gestão das TIC no contexto escolar.

É evidente que o profissional que não domina as tecnologias existentes na escola, nem compreende as possíveis contribuições destas ao seu fazer profissional, tende a rejeitá-las e não as coloca à disposição da comunidade para a construção coletiva de significados e sentidos no âmbito de seu contexto. Isso se evidencia em incontáveis situações em que a escola não se apropriou dos artefatos tecnológicos disponíveis em seus espaços, desde os mais convencionais (retroprojetor, microscópio, máquina fotográfica etc.) até as TIC, e não faz a gestão desses recursos, os quais se encontram ignorados em algum depósito, numa atitude incongruente com a proposta de gestão compartilhada.

A incorporação de tecnologias nas atividades da escola envolve distintos aspectos da gestão decorrentes do efeito de gerir, administrar, proteger, manter, colocar em ordem, ou seja, de tornar utilizáveis os recursos tecnológicos. Isto significa registrar, organizar, recuperar e atualizar as informações; produzir estratégias de comunicação e participação; abrigar e administrar as atividades, conteúdos e recursos; gerir ambientes e processos de avaliação; estabelecer novas relações com a história, consigo mesmo, com o mundo e com o saber.

Paralelamente, no atual estágio de desenvolvimento das TIC, assiste-se à incorporação de propriedades de distintas tecnologias em um único artefato tecnológico, no qual convergem diferentes formas de expressar o pensamento e representar o conhecimento pela integração de linguagens verbais, icônicas, sonoras, visuais, textuais e hipertextuais, as quais proporcionam novos modos de criar, pensar, comunicar, interagir, aprender e ensinar, viabilizando o exercício do diálogo, a polifonia em relação à forma e ao conteúdo e à reconstrução de significados.

Ao analisar as reações, manifestações e percepções expostas por gestores numa situação de formação semipresencial para a inserção das TIC, realizada pelo projeto Formação de Gestores Escolares e Coordenadores para a Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação, realizado pela PUC/SP no ano de 2002, em parceria com o ProInfo-SEED/MEC2, UFPA e SEE/PA, Fontes (2004) encontrou elementos essenciais a considerar em programas de inserção das TIC na escola. Destacam-se os elementos: a importância do trabalho coletivo; a integração das atividades de uso das TIC nas práticas da escola, conforme as diretrizes e prioridades do seu Projeto Político-Pedagógico; o incentivo à criação de um fluxo de informações e troca de experiências que favoreça a colaboração entre professores, alunos, pais e comunidade interna e externa à escola e a gestão compartilhada; o acesso a redes de informações para a tomada de decisões; a criação de redes de pessoas que se inter-relacionam, produzem conhecimentos e convivem com as diferenças respeitando-se mutua-mente.

Uma prática democrática de gestão de tecnologias

Ao levar em conta os elementos identificados na formação de gestores com e para a inserção das TIC na escola (Vieira, Almeida e Alonso, 2003), Fontes (2004) apontou a mudança da atitude inicial dos gestores de desconfiança e resistência para a abertura ao novo, aceitação do uso, incorporação das TIC e prazer ao utilizá-las em suas práticas. O depoimento de um dos gestores/alunos do curso, em uma sessão de Chat, realizado no ambiente virtual e-ProInfo, traz indícios dessa mudança que se evidenciam no depoimento de uma diretora de escola:

“Ontem nossa escola teve um momento ímpar, pois estamos numa nova fase na escola (...) todos os funcionários da escola participaram do primeiro momento da elaboração do PPP [Projeto Político-Pedagógico]. Usei o termo nova fase porque a coisa por aqui estava devagar. Tivemos a participação de agentes comunitários, de pais, de agentes de segurança, dos professores, dos monitores.”

No final da formação, emergem novos aspectos da mudança de perspectiva do participante, desta feita em relação à concepção de gestão escolar compartilhada e à importância de estabelecer parcerias com a comunidade, conforme Fontes (id., ibid.) observou no depoimento de outro gestor/aluno:

“O trabalho coletivo na escola é uma necessidade. O papel do gestor em transformar o ambiente escolar em um ambiente democrático é um desafio (...) nossa primeira conquista deverá ser dos parceiros internos, como conseguir? Convidando-os a assumirem o papel de co-responsáveis pelo sucesso/fracasso das ações escolares. O segundo ponto é a conquista da comunidade externa ao ambiente escolar.”

Evidencia-se, na atitude desse gestor, um “exercício efetivo da liderança enquanto elemento integrador e catalisador dos esforços do grupo” (Alonso, 2002, p. 29), para incorporar as TIC dentro de uma ótica integradora e democrática. Outro gestor/aluno mostra, em seu depoimento, que a cultura tecnológica começa a se expandir na escola e as TIC ocupam espaços diversificados para uso em atividades diversas, conforme suas características e demandas, salientadas no depoimento do aluno/gestor:

“Eu vejo a informática como um modo de motivar, de despertar nos alunos o interesse em apreender (...) Nós temos computadores nos laboratórios, nas secretarias, nas salas dos pedagogos. Falta na sala de leitura, que eu estou correndo atrás. Eu pretendo colocar computador até na cozinha, para atualização do estoque da merenda.”

As mudanças observadas por Fontes podem tornar-se mais efetivas caso a rede de colaboração criada durante o curso permaneça ativa, ou podem arrefecer, se os gestores se sentirem sozinhos e sem ter com quem trocar suas experiências, apoiando-se mutuamente nas conquistas e dissabores. Evidencia-se a importância de se desenvolver programas de formação voltados para as especificidades do trabalho dos gestores, alicerçados na articulação entre as dimensões administrativas e pedagógicas, na integração entre tecnologias e metodologias de formação, tendo as tecnologias como artefatos que favorecem os encontros entre pessoas, valores, concepções, práticas e emoções.

Tecnologias na gestão escolar e gestão de tecnologias

Nessa perspectiva de integração entre tecnologias e religação das dimensões técnico-administrativa, política, social e pedagógica, há muito desarticuladas, o projeto Gestão Escolar e Tecnologias, concebido e realizado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob responsabilidade do programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, realiza a formação de gestores de escolas públicas da rede estadual de São Paulo, em parceria com a Microsoft Brasil, para a utilização das TIC “no cotidiano da escola, na gestão escolar, bem como para apoiar, comprometer-se e prover condições para que os professores possam incorporar as TIC à prática pedagógica favorecendo ao aluno a aprendizagem significativa” (PUC/SP, 2004).

A concepção da formação está embasada em estudos, investigações e projetos de intervenção para a formação de gestores escolares (Vieira, Almeida e Alonso, 2003) voltada à inserção da tecnologia de informação e comunicação no cotidiano da escola e nas práticas de gestão escolar, que vem sendo adotada como referência para o trabalho de incorporação do computador em sistemas de ensino público de distintas regiões do País (SEED/MEC-ProInfo, 2001), ao tempo em que é aprimorada e realimentada pelas pesquisas acadêmicas desenvolvidas em paralelo à formação.

A metodologia, reconstruída em conjunto com os parceiros, visa atender à realidade das escolas, em consonância com o contexto, recursos tecnológicos disponíveis e demandas da SEE/SP, resguardando a coerência teórica e a articulação entre conteúdos, cronogramas de execução e população atendida pelo Programa Progestão, destinado à formação ampla de gestores escolares, em implantação na rede estadual.

A formação tem como fundamentos teóricos o papel das tecnologias na gestão democrática compartilhada; a integração entre tecnologias, profissionais e competências; a interação entre todos os participantes; a troca de experiências; a produção colaborativa de conhecimentos (Almeida e Prado, 2003; Alonso e Almeida, 2003). Para tanto, distintas tecnologias são articuladas nas atividades de formação (material impresso, vídeo, CD-ROM, Internet, vídeo-conferência etc.) que se desenvolvem em encontros presenciais e a distância, integrados com práticas de gestão escolar com o uso de tecnologias, as quais são acompanhadas e orientadas a distância pelos professores.

Evidencia-se um processo de formação na ação (Almeida, 2004), voltado para a realidade da escola, as especificidades da atuação do gestor, a reflexão sobre a própria atuação, a gestão democrática e a parceria com os supervisores de ensino e com os professores assistentes técnico-pedagógicos de tecnologia educacional. O envolvimento desses profissionais indica a relevância do projeto em proporcionar o desenvolvimento de competências no interior da rede estadual para a apropriação da formação e continuidade da formação com outros grupos de gestores.

O período de duração do projeto vai de julho de 2004 a novembro de 2006, atendendo a 11.700 gestores distribuídos em grupos de acordo com as diretorias de ensino a que pertencem suas escolas, que participam de um curso semipresencial de 80 horas, com suporte em um ambiente virtual (solução Microsoft para educação a distância).
No ano de 2004, participaram do curso os profissionais das equipes de gestão escolar de 353 escolas, distribuídos em 31 turmas de aproximadamente 40 alunos-gestores, perfazendo 1.257 participantes, dos quais foram aprovados 87,43%. Esses resultados indicam que os objetivos estão sendo atingidos e que há o desenvolvimento de uma cultura de uso de tecnologias na gestão escolar e de gestão de tecnologias da escola, o que pode ser constatado em depoimentos de professores e de alunos-gestores do curso.

“Uma das minhas turmas está usando o correio a todo vapor! Infelizmente não estou conseguindo dar conta do volume de informações que circulam por lá, mas está demais! Alguns já estão com pena do curso acabar... o contato entre eles está muito legal, eles estão trocando mensagens, combinando chats que eu nem fico sabendo (eles pediram para deixar uma sala sempre aberta)”. (Professor, 17.10.04)

Embora a atuação o professor seja referência, é importante observar que ele se dá conta de que não é o centro do processo. Essa postura se reflete na atitude dos alunos-gestores, conforme se pode observar no depoimento a seguir.

“O curso está sendo de grande valia para mim, pois eu não gostava de operar o computador, só me interessei pelo mesmo na época do concurso de diretor, não por opção, mas porque era necessário. Depois me acomodei e tudo que precisava solicitava a alguém. Porém, com o curso eu percebi que estava me tornando uma analfabeta da informática e precisava me ressignificar, pois como poderia incentivar os meus professores a utilizar os meios tecnológicos, se eu mesmo não o fazia? Nos últimos dias venho me empenhando muito, erro bastante, mas também estou aprendendo muito, fico feliz em ter me conscientizado da importância da TIC, e acredito que daqui para frente terei muito mais subsídios não só para incentivar meus pares, como também para primorar o desenvolvimento pedagógico da escola em que estiver atuando.” (Aluno-gestor, 30.10.04)

Devido ao atendimento em larga escala e ao dinamismo desse projeto, um importante aspecto evidenciado se refere à própria gestão da formação, sob a coordenação de uma equipe que busca continuamente novas tecnologias para a resolução dos problemas emergentes no cotidiano de suas atividades, procurando identificar potencialidades e limitações de cada recurso e possibilidades de incorporá-los às suas práticas.
Portanto, em um projeto de gestão escolar e tecnologias, também a gestão do projeto enfrenta o desafio de tomar consciência dos limites e avanços de suas práticas de gestão, para que possa gestar, administrar, proteger, abrigar, produzir, nutrir, manter, mostrar, digerir, organizar as diferentes dimensões da gestão: informações sobre o projeto e suas produções, sistemas de acompanhamento da participação de alunos e professores, materiais de apoio, avaliação, referências conceituais, ambiente virtual, prática pedagógica, tecnologias, democratização das informações etc.

Referências bibliográficas
- ALMEIDA, M. E. B. e Prado, M. E. B. B. Criando situações de aprendizagem colaborativa. In: Valente, J. A., Almeida, M. E. B. e Prado M. E. B. (org.). Internet e formação de educadores a distância. São Paulo: Avercamp, 2003.
- ALMEIDA, M. E. B. O educador no ambiente virtual: concepções, práticas e desafios. Fórum de Educadores. São Paulo: SENAC, 2004.
- ALONSO, M., Almeida, M. E. B. Formação de Gestores para uma escola em transformação: a contribuição das TICs. III Congresso Luso Brasileiro de Administração da Educação, Recife, Pernambuco, 2003.
- GALVÃO DA FONTE, M. B. Tecnologia na Escola e formação de Gestores. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil, 2004.
- LÜCK H. (2001). Administração: Gestão não é substituto da administração. http://www.educareaprender.com.br/gestao.asp?RegSel=40&Pagina=1#materia CONSULTA REALIZADA EM ABRIL, 2005.
- PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO. Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo. Projeto Gestão Escolar e Tecnologias, 2004. Mimeo.
- SAPUCAIA, F. Ambientes digitais de aprendizagem: a integração entre o técnico-pedagógico e o administrativo. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil, 2004.
- VIEIRA, A. T., Almeida, M. E. B. e Alonso, M. (2003). Formação de Educadores: Gestão Educacional e Tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003.


Fonte: Salto para o Futuro

Nenhum comentário:

Postar um comentário